Pensar
Lisboa não é um hobby, é uma necessidade imperiosa. Pensar Lisboa não é um
divertimento bacoco, é uma vontade irrepreensível de reflectir sobre os
problemas e desafios desta cidade centenária. Pensar Lisboa é um desafio, uma
missão provinda da nossa consciência cívica, a qual não podemos dizer que não.
Pensar Lisboa é um objectivo independente, é um compromisso de autonomia
perante os nossos leitores. Independentemente de pessoas ou partidos, munidos
das nossas ideias, partimos para esta missão cientes que a nossa
responsabilidade é, unicamente, perante os lisboetas. Não queremos o poder, não
ambicionamos o poder, repudiamos a demagogia e o aproveitamento do espaço
público para a prossecução de interesses meramente privados. A nossa
independência é um dos nossos pilares nucleares, o nosso mote, o nosso código
genético, fundamentando a nossa escrita e a nossas ideias.
Lisboa,
cidade centenária, capital de um extinto Império marítimo; imagem de um país
perdido. A nossa consciência cívica impede-nos de ficarmos quietos ou calados.
Criticaremos quando o momento o exigir, elogiaremos quando o mérito assim nos
obrigar; independentemente de pessoas ou partidos. Com humildade, frontalidade
e respeito, criticando o politicamente correcto e esboçando a apologia do
politicamente incorrecto, não nos conformamos com o marasmo em que Lisboa está
mergulhada. Não nos conformamos com a crónica incapacidade de devolver Lisboa
ao lugar que já pertenceu e que tanto merece: o de farol de Portugal. Sem
pruridos ou falsas verdades, sem lugar a incongruências ou projectos pessoais,
nós propomos este compromisso perante os nossos leitores, os lisboetas.
Queremos
uma Lisboa onde a sociedade civil não é oprimida pela omnipresença estatal.
Queremos uma Lisboa onde a requalificação urbana seja um eixo central da acção
executiva. Queremos uma Lisboa como uma plataforma logística e económica ímpar
a nível nacional, ibérico e europeu. Queremos Lisboa como dinamizadora de um
nível e vida culturais sem igual ou paralelo. Queremos Lisboa como o espelho
para o futuro de um país que deve pretender voltar à glória do seu passado.
Porque Lisboa não nasceu, cresceu e desenvolveu-se virada para a Europa, mas
sim para o Atlântico e para o Mundo, a nossa missão é desbravar novos caminhos
e propor novas soluções para os antigos problemas da nossa cidade.
É
este o compromisso que assumimos. Sem medo de rótulos ideológicos, das críticas
baixas e anónimas, das invejas, rumores ou egos inflamados. É este o
compromisso que propomos, de não fazer política, mas sim Política - a mais
nobre arte de servir a comunidade, como nos ensinaram os antigos helénicos e
romanos. Sem a ânsia do poder, sem a vertigem da fama e da vaidade, apenas com
humildade e respeito pelos valores mais básicos da Liberdade e da Democracia,
apresentamo-nos perante os lisboetas, para Pensar Lisboa.