sábado, 5 de novembro de 2011

Que futuro para a Colecção Berardo?


O Museu da Colecção Berardo é o mais visitado do país, constando na lista dos 100 museus mais visitados do mundo (75º lugar). Trata-se de uma valiosa colecção de arte moderna, que deveria ser classificada como património de interesse nacional.

Com a formação do actual Governo, o novo Secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, foi chamado a racionalizar as despesas do Estado com o sector.

2016 é o ano em que termina o acordo de cedência das obras da Colecção Berardo em regime de comodato ao Estado Português.

E nessa altura o Governo terá de decidir se compra a Colecção por 316 milhões de euros: um valor excessivo na opinião de muitos especialistas e do Secretário de Estado da Cultura.

Para esse efeito o Governo pretende que a Sotheby's proceda a uma reavaliação da Colecção Berardo.

Joe reage: "Eles [Governo] não têm que avaliar, que aquilo não é deles. Aquilo, por enquanto, ainda é meu. Eles têm uma opção de compra em dez anos. (...) Eles não sabem. São pessoas que gostam de falar sem ler os seus direitos." Acrescentado: "o que estão a falar é burrice."

É uma pensa que este assunto não seja encarado com mais seriedade. Quem não deve não teme! Se a Colecção é assim tão boa, qual é o problema de haver uma nova avaliação, Sr. Berardo?

Ao Governo exige-se que trate este assunto com a máxima prudência: a Colecção Berardo é um património artístico da maior importância e o seu Museu é uma mais-valia para a cidade de Lisboa, constituindo uma das jóias da coroa do nosso turismo cultural.

6 comentários:

  1. É um privilégio enquanto lisboeta, ter um museu recheado e cheio de qualidade na nossa cidade. Mas Nuno vais-me desculpar, o Sr Berardo tem toda a razão no que diz, as peças são dele e o Estado não pode, só porque é o Estado, vir alterar contratos de forma a beneficiar os seus interesses! Isso é ser comunista, contra a propriedade!! Se assinaram uma opção de compra e querem as peças, pagam o valor estipulado, senão têm dinheiro temos pena!...Comecem a poupar!

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  2. O mal de facto, vem de raiz.

    É evidente que a marca record do Museu Berardo, também está identificada com o custo de visita: zero euros!

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  3. Independentemente do pretenso ou rela valor, a "colecção Berardo" não deveria estar associada ao CCB, em definitivo.
    Existe em Lisboa o espaço ideal para ela, o "Pav. de Portugal" no Parque das Nações. Trata-se de um espaço singular, um marco na arquitectura de Lisboa e edifício classificado como de interesse municipal.
    Há anos votado ao esquecimento por um poder público titubeante nas decisões da Cultura e submisso aos ditâmes financeiros, valeria bem o esforço de revitalizar aquele espaço, para mais com a presença daquela colecção.

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  4. Ora aí está uma sugestão interessante. De facto, é mais um dos bonitos locais de Lisboa, perdido em festas e afins.

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